Inquérito sobre facada em Bolsonaro é reaberto pela PF para investigar celular de advogado de Adélio
Inquérito sobre facada em Bolsonaro é reaberto pela PF para investigar celular de advogado de Adélio Bispo de Oliveira.
A Polícia Federal (PF), decidiu reabrir a investigação e a apuração do caso do atentado à faca contra Jair Messias Bolsonaro, durante campanha eleitoral de 2018. O autor do atentado à faca, Adélio Bispo de Oliveira, foi considerado semi-imputável pela Justiça e está internado em um hospital psiquiátrico.
A retomada da investigação pela PF vem após o Tribunal Regional Federal (TRF-1ª) da 1ª Região autorizar uma investigação contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Adélio Bispo e alvo de busca e apreensão em dezembro de 2018.
O delegado Rodrigo Morais Fernandes vai analisar os dados bancários e o conteúdo do celular apreendido com o advogado para avançar sobre o caso, sobre se houve mandante para ataque contra Jair Bolsonaro.
A investigação havia sido arquivada pela Justiça Federal de Minas Gerais em junho.
A corporação espera ainda que, a partir da análise de dados, ter respostas definitivas sobre porque ele assumiu o caso uma vez que Adélio não tinha condições financeiras para pagá-lo.
O objetivo é investigar se o advogado de Adélio recebeu de terceiros para assumir a defesa do criminoso ou se seu interesse foi apenas midiático, visando apenas visibilidade, tendo em vista que o caso é de proporção internacional, por se tratar de um atentado contra a vida do atual presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Na época, Bolsonaro despontou no cenário da política nacional, como o nome mais forte, com propostas de combate à corrupção. A pauta de combate à corrupção foi a marca da campanha do presidente Bolsonaro em 2018.
Jair Bolsonaro representou milhares de pessoas indignadas com a corrupção petista. Bolsonaro foi eleito com 55,13% dos votos (57.797.847 votos), derrotando o candidato petista Fernando Haddad (PT).
Nessa nova fase da investigação, a Polícia Federal quer apurar se Adélio teve algum tipo de financiamento. A investigação estava trancada desde 2019 por causa de uma medida provisória (liminar) concedida pelo próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1ª) a pedido da Organização dos Advogados do Brasil (OAB) Nacional e da OAB de Minas Gerais.
No último dia 3 de novembro, a 2ª seção do tribunal suspendeu a liminar por 3 votos a 1.
O TRF-1 entendeu que a quebra de sigilo do advogado não fere a prerrogativa de sigilo profissional porque a investigação não é sobre a relação entre Zanone Manuel de Oliveira Júnior e Adélio Bispo de Oliveira. Ou seja, entre o advogado e o cliente.
Muitas são as especulações em torno do atentado à faca contra a vida de Jair Bolsonaro. Um linha apontada por apoiadores do governo, é que Adélio possa ter sido financiado por algum adversário político, que queria tirar o então candidato ao Planalto da disputa em 2018.
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