Bolsonaro diz que governadores ignoraram os trabalhadores informais durante a pandemia: “Fizeram barbaridades”.

Em entrevista a Rádio Farol de Alagoas/AL, na manhã desta terça-feira (24/08/21), o presidente da República Jair Bolsonaro (Sem Partido), voltou a criticar a Política do “Fique em casa”.

“Veio a política do fique em casa e depois veio o que eu considero um abuso, as medidas de lockdown, confinamento, toque de recolher, onde o desemprego subiu assustadoramente em abril. Abril e maio, o Brasil perdeu mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada e nós tínhamos que estancar essa hemorragia. E lançamos dois programas, o Pronamp e o Bem, onde nós conseguimos fazer, aumentar trabalho a essas pessoas, como evitamos que em torno de 11 milhões de pessoas fossem demitidas. Tanto é verdade que terminamos 2020 com mais empregados com carteira assinada que em 2019, o ano que não teve pandemia.”, disse Bolsonaro ao criticar as medidas adotadas por governadores.

De acordo com Bolsonaro, os que mais sofreram foram os trabalhadores informais.

“Quem sofreu muito, foram os informais. Os informais são aqueles que não tem carteira assinada. É o vendedor de churrasquinho de gato, é o vendedor de refrigerante nas arquibancadas de estádios de futebol, é cabeleireira, é barbeiro, o auxiliar de mecânica, de pedreiro e nós calculamos em torno de 38 milhões de pessoas que tiveram sua renda praticamente zerada no Brasil todo.”, afirmou.

Para Bolsonaro, os governadores não pensaram nos trabalhadores informais, ao tomar certas medidas durante a pandemia.

“E os governadores, em especial, de vocês ai. Não quero criticar especificamente ninguém. Ignoraram essas pessoas, simplesmente ignoraram, determinaram que ficassem em casa, tomaram medidas drástica com suas polícias […] Algemavam mulheres em praça pública, caçavam surfistas nas praias, fechavam comércio, fizeram barbaridades.”, criticou.

Segundo Bolsonaro, “para evitar que o caos se instalasse no Brasil”, o governo teve que criar medidas emergenciais como a criação do auxílio emergencial e socorro aos estados.

“Para evitar que o caos se instalassem no Brasil, lançamos o programa conhecido como Auxílio Emergencial. Ano passado foram cinco parcelas de R$ 600 reais e quatro de R$ 300. Evitou que essas pessoas passassem dificuldades maiores. Enquanto que a política irresponsável de querer trancar todo mundo em casa, como se todo mundo tivesse um salário fixo correu solto em nosso país. […]”, pontuou.

Auxílio emergencial

“Continuamos com o auxílio emergencial em 2021 e pretendemos a partir de novembro voltar com um novo programa, chamado Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família, onde daremos o mínimo 50%. Quando alguns falam que o governo não tem coração com os mais pobres, que é muito comum a mentira por parte de alguns governadores em todo Brasil. Só ano passado gastamos só com auxílio emergencial, o equivalente a 13 anos de Bolsa Família. No final das contas 60 milhões de pessoas foram atingidas. No corrente ano, o emprego com carteira assinada está crescendo uma média superior a 200 mil novos empregos por mês.”, afirmou o presidente.

Bolsonaro diz que governadores ignoraram os trabalhadores informais durante a pandemia: “Fizeram barbaridades”

VACINA

“A questão da vacina, o ano passado não tinha como comprar vacina, porque não tinha (vacina) no mercado e eu determinei o ano passado que nós só poderíamos comprar vacina que fosse certificada pela Anvisa e só pagar a vacina depois que chegasse no Brasil. Uns perguntam a gente, porque (ano passado) não compraram a Pfizer, porque não tinha a Pfizer para vender. A primeira vacina aplicada no mundo, foi no Reino Unido, no início de dezembro do ano passado.”, comentou.

“Outra coisa que saltava pelos olhos. O contrato da Pfizer era bem claro, dizia lá que eles não se responsabilizavam por qualquer efeito colateral […] Hoje em dia, já vacinamos mais da metade da população acima de 18 anos e estamos na eminência aí, via Ministério da Saúde é sugerir que o uso de máscara passe a ser opcional […] nenhum governador comprou uma dose se quer de vacina, todas as doses foram compradas pelo governo federal e esperamos que até final de novembro que todos os voluntários, até dezembro, que toda população acima de 18 anos.”, concluiu.

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